Por que eu que não sentia
Hoje aqui já sinto tanto?
Só por ti que faz valia
O desejo de um encanto
Aflorando sentimentos
Que jaziam no meu peito
Não existem argumentos
Pra sentir-me desse jeito
Tua mente-caleidoscopio
Que me vicia nesse jogo
Pra mim é igual o ópio
Quando queimado no fogo
Nem cinza mais me sobra
No âmbar do teu olhar
Que de terras me assola
E meu caixão faz enterrar
Hoje morre o que não sente
Que lida com a dor vivente,
Apertando contra a gente
Com um só desejo em mente
Como mata o inexistente,
Se isso nunca existiu?
Seria eu só um demente
Ou apenas um ser vil?
Seja isso o que for
Tu és milagre da manhã
Minha musa, meu amor
Dos olhos de cor avelã
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