Tinha rolado um evento de Comics antes disso e o livro não se saiu bem nas vendas, me dando a impressão de que eu estava tentando atingir o público errado, pois eu sou um escritor de livros, não de quadrinhos (por enquanto).
Bem, mas estou aqui para falar da Comic Con Experience de São Paulo, então vamos lá! Chegado o dia de embarque eu recheei a maior mala que eu tenho com muitos livros, muitos mesmo. Ao embarcar do táxi para a rodoviária o meu pensamento já estava á mil. Eu sabia que não ia vender nem metade daqueles livros. A mala estava pesando cerca de 50 quilos... Eu iria sair num prejuízo enorme. Chegando no aeroporto eu passei cerca de dez quilos pra minha mochila e fui pesar a mala (pra pagar um pouco a menos para a companhia aérea), dito e feito: tive que pagar 200 reais de excesso de bagagem, isso que era apenas uma mala com muitos livros, mas beleza... o jogo segue.
Desembarquei no aeroporto, de pronto já peguei meu uber e fui rumo ao evento, a cabeça ainda à mil. "Como eu venderia tantos livros?".
Chegamos ao evento, meu irmão iria me auxiliar na Artist's Alley, pois minha amiga estava trabalhando para o evento. Montamos então a mesa, deixamos ela muito bonita e ficamos esperando os interessados por livros.
Evezel na mesa de Origem do Além, no primeiro dia de CCXP.
Bem, o dia foi acontecendo e o pessoal foi se interessando até demais. O primeiro dia foi o melhor em termos de venda, minha esperança reacendeu graças a esse dia. Agora o meu objetivo de fato era vender todos os livros ainda restantes. No final das contas eu nem consegui aproveitar o evento, tamanha foi a procura pelo livro, além disso, muitos leitores passaram para tirar uma foto comigo e conversar sobre o livro, o que levantou ainda mais o meu moral!
Agora vamos falar do segundo dia, o dia mais tranquilo em termos de público, na minha opinião.
Evezel na mesa de Origem do Além, no segundo dia de CCXP.
Como dito anteriormente o segundo dia foi o mais tranquilo, teve a metade das vendas do primeiro dia (o que me deixou meio preocupado), mas as lojas também não estavam com tanta fila, os corredores estavam mais vazios e, de fato, tinha menos gente. Aproveitei o final do evento para conhecer as lindas Armaduras de Ouro e ainda tive o privilégio de tirar uma foto lado a lado da armadura do meu signo: Câncer!
O dia foi meio parado nos termos de venda, mas muita gente que comprou o livro no dia anterior vinha falar comigo que estava adorando o livro e ainda por cima pediam fotos comigo, fiquei muito feliz com isso! Reacendeu a esperança que já estava acabando.
O dia seguinte era o dia que prometia, o maior dia da CCXP: O sábado!
Dani Vedovelli com cosplay de Escorpião para promover ainda mais o livro no evento, foto do terceiro dia.
De fato, no terceiro dia a casa lotou, os corredores viraram um mar de gente que, muitas vezes, nem sabia o que fazer em meio a tantas opções que o evento lhes dava. Uma delas era o Artist's Alley e digo a vocês que quando fui conferir a mala para ir embora, ela tinha apenas quatro livros restantes para vender no dia seguinte. Isso me deixou abismado, pois achei que teriam, no mínimo, uns 14 exemplares ainda. Esse foi, com toda a certeza, o dia que mais bombou o evento, eu tinha vendido um pouco menos do que na quinta, mas mesmo assim já era o suficiente para ter a certeza de que eu voltaria sem nenhum exemplar para casa!
O dia seguinte foi o que eu pude aproveitar um pouquinho do evento.
Evezel no último dia de CCXP.
Como vocês puderam notar nas fotos anteriores, eu estava todo no estilo social, bem arrumado e tudo mais, mas no domingo eu não me importei com isso, pois restavam apenas 4 exemplares e, depois que eu vendesse todos, teria que aproveitar um pouco do evento, e isso pedia uma roupa mais confortável. Dito e feito, não eram nem 13:00 horas e as quatro unidades restante esgotaram. Depois disso guardei minhas coisas e fui ao evento me divertir um pouco. O engraçado é que algumas pessoas me paravam para tirar foto comigo, essas pessoas eram meus leitores!
Essa foi minha Comic Con desse ano, muito melhor do que eu jamais imaginei que fosse.
Eu gostaria de agradecer muito a equipe do Omelete, que é a desenvolvedora do evento e foram eles quem acreditaram nas centenas de artistas independentes que estavam por lá, mas o meu obrigado maior vai ao público do evento, que está acreditando nos artistas locais. As filas dos artistas brasileiros estavam muito maiores do que as dos estrangeiros e isso me alegrou demais. Sem contar que muitos youtubers passavam por lá, pois a área deles era logo atrás de onde eu estava. Não vi uma alma viva pedir foto com eles, ou lhes dar mínima atenção. As estrelas de lá eram pessoas como eu, artistas independentes brasileiros, e as pessoas enxergavam potencial em nós. A CCXP mostrou que estamos começando a andar pelo caminho certo na cultura! #FOIÉPICO