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O Vermelho na forja onde nosso amor foi criado ficou mais
forte
Não foi efêmero nem falso, somente reminiscência e não sorte
As chamas ofuscam sem fervor, lapidando dois corações de
rubi
Onde na estreita prisão corpórea duas almas se encontram por
ali
Os olhos remetem divinas lembranças já vividas antes
Em uma vida passada onde esses dois seres foram amantes
Não sobram dúvidas que as flechas de Eros não são errantes
Conduzidos pelo vento Zéfiros, no céu bailam irradiantes
Agora os dois tornam-se um só, não acreditam que seu amor
virará pó
Guiados pelo mesmo caminho, pela mesma voz...